segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Sorriso adocicado

Todas as noites tenho a impressão que ela vai voltar, entrar de repente por aquela porta e encher o espaço com sua presença, espalhando seu perfume que fica por onde ela toca, espalhando sua graça com sorrisos longos e adocicados.
Todos os dias o sol vai se por, ela vai sorrir todos os dias, por vezes vai chorar, e vai espalhar seu perfume feito pólen que fica no ar.

Camila!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Rastros

Ando perdendo o sono durante as madrugadas, acordo com um pulo, olho as coisas que continuam no mesmo lugar, o sono demora a voltar, penso no dia que insiste em clarear, chuvoso, tenso, o dia vai se arrastar deixando seus rastros, rastros das imagens do ônibus, que passa e ninguém vê, rastros das pessoas que se vão, o cheiro do abraço amigo, vontade de ouvir uma canção antiga. Reclamo da chuva, reclamo do sol, reclamo da água que respinga nos sapatos, reclamo da demora, reclamo da falta de sono, me pergunto porque a gente é assim? fala sem saber, demonstra sem querer, sorri forçado, ouve o que não quer, morre de desgosto, dorme e espera o outro dia, amanhã vai ser tudo igual.

Camila!

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Último gosto

Já era noite quando chegou no alto
podia ver as luzes de lá
sentia o vento lhe cortando lábios
sentiu o silêncio, o silêncio normalmente lhe incomodava
mais naquele momento não
quando sentiu seus pés fora do chão teve vontade de gritar
mais segurou, sentiu alguns pingos de chuva
que se misturavam com suas lágrimas quentes
sentiu o gosto da lágrima
o último gosto que sentirá
e uma vontade de lhe segurar a mão e dizer: não vai!
mais não podia
apenas sentia seus pés chegando ao chão
apenas sentia que dessa vez não dormia.

Camila!

sexta-feira, 3 de abril de 2009


E foi assim que ela descobriu o quanto se importava com ele, ou egoístamente o quanto ele era importante pra ela.. depois de dias tumultuados, preces constantes, e declarações involuntárias.. invadida pelo medo, ela se perdeu... chegou tão longe que achou o que tinha guardado a tempos, seu coração.
Decidiu que não iria se entregar tão facil, devido à todas frustações anteriores, decidiu que queria ter certeza, decidiu deixar acontecer. Em em 7 meses, percebeu que não queria mais nada pro resto da vida dela, mas, quanto tempo ela ainda tem?
Ele a amava, mais do que ela a ele, pelo menos, isso era o que ela ficou com medo de que pensassem, o amor da menina era colérico, daqueles que dói, daqueles que se tem vontade de chorar... mas só era doloroso assim, por não ser solto, por não ser livre.
Ela começou a se sentir desinteressante, começou a se sentir feia e burra, nem namorada era.. nem esse papel cumpria direito. Sorria, cantava e abraça os amigos, representações que aprendera tão bem com suas aulas de teatro! Estava infeliz. Ela é orgulhosa. Não queria piedade.
Achou que ele merecesse coisa melhor, talvez não fosse suficiente ficar de mãos dadas, assistir filmes em casa ou ficar no escuro no quintal ela sentiu que nunca cumpriu bem seu papel, talvez porque nunca tivesse vivenciado isso antes.
Ao mesmo tempo que ele pareceu melhor que a menina, todas as "outras" também pareceram.. e a insegurança voltou a pairar sua cabeça.. já passou por tantas desilusões, que em algum ponto, achou que aconteceria tudo de novo. E se desesperou, chorou, chorou e chorou.. contou com o colo dos amigos, mas não teve coragem de falar com aquele que lhe causava arrepios ora de prazer e ora de medo..
Então ela resou, como sempre costuma fazer quando algo fogo ao seu controle. E a oração ao invés de acalma-la a deixou mais nervosa e medrosa. Agora havia percebido o quanto foi idiota, em tirar a responsabilidade de seus relacionamentos de suas costas e as empurrar para os outros, como se todos eles, fossem culpados pelas suas dores.
Quando o encontrou, não conseguiu nem beija-lo! Parecia que ela havia traído tudo o que, juntos, eles queriam.. quando ele partiu, ela percebeu que não queria ficar longe dele, e que guardar seus sentimentos não faziam mais sentido, posto que ele já os possuia, era dono e senhor de tudo que a menina queria, sonhava e poderia ser. Sentiu que o perdera, e dormiu entre lágrimas e soluços abafados pelo travesseiro.
Confusa ela sempre foi, medrosa também. Será que isso passa?

Suuh!

sexta-feira, 20 de março de 2009

quinta-feira, 19 de março de 2009

Un faith...

Talvez este elixir ainda me falte... É mais fácil ter fé em Deus que em sí mesmo...
As vezes é preciso ter fé em ambos...

quarta-feira, 18 de março de 2009

meu arco-iris pessoal!

Ah! e eu, já havia me acostumado com aquela nuvem negra, bem em cima da minha cabeça, que chovia e trovejava forte quase todos os dias, a tempos não a vejo mais!
Agora quando olho para cima vejo cores, contadas nos dedos somam 7, contadas com o coração são milhares.
Continuo inventando problemas, continuo sofrendo até perder a graça.. a desgraça faz parte de mim. Mas a fé, sempre me levanta, sempre me alegra e sempre me renova.
E esse arco-iris atemporal, esta aqui! colorindo meus dias pra que eles nunca mais pretenjam com a minha antiga companheira a "nuvenzinha negra".

Suuh!